Sábado da Vigília

sepultamento de Jesus

Depois que Jesus morre na sexta, seu corpo é levado para a sepultura. As mulheres iniciam o preparo para o sepultamento judaico, mas são interrompidas pela chegada do sábado – às 18 horas da sexta. Durante todo o sábado, o túmulo de Jesus é mantido sob a guarda dos soldados romanos e somente no amanhecer do domingo, ocorre a ressurreição. Hoje é, portanto, um momento de reflexão sobre a luta entre o bem e o mal, a morte e a vida. Que Deus nos oriente nessa reflexão e que o túmulo de Jesus nos faça lembrar e refletir acerca de sua morte por nós.

Sexta-feira Santa

sexta_crucificac

Durante toda a noite, Jesus fica trancado no calabouço da casa do sumo sacerdote. Pela manhã, Ele é levado até a presença de Pilatos, o governador romano, que repassa o caso para o rei Herodes. Herodes o manda de volta para Pilatos, que, em algum momento no meio da manhã, cede à pressão das autoridades do templo e das multidões e condena Jesus à morte cruel por crucificação. No final da manhã, Jesus é levado pelos soldados através da cidade até a colina do Gólgota. Ali, ao meio-dia, Ele é pregado à cruz e agoniza durante cerca de três horas. Por volta das três da tarde, Jesus entrega o Espírito ao Pai e morre. Descido da cruz, é colocado apressadamente no sepulcro antes do anoitecer. Este é um dia de oração, jejum e abstinência. Sempre que possível, os cristãos são chamados a se abster do trabalho, de compromissos sociais e de entretenimento, a fim de se dedicarem à oração e à adoração em comunidade. De manhã ou ao meio-dia, muitas paróquias realizam a última via-crúcis e uma palestra espiritual sobre as sete palavras finais de Jesus. Outras paróquias oferecem a via-crucis e as “Sete Palavras” às 3 horas da tarde, no momento da morte de Jesus. À tarde ou à noite, nos reunimos silenciosamente em nossas igrejas para refletir sobre a morte de Jesus na cruz e rezar pelas necessidades do mundo. Também veneramos a redenção de Cristo na cruz com um beijo sobre o crucifixo. Nossa fome, neste dia de jejum, é satisfeita com a Sagrada Comunhão, consagrada na véspera e distribuída no final desta liturgia. Refletimos também sobre os apóstolos, que podem ter se reunido com medo na noite anterior e refletido sobre tudo o que havia acontecido. (Pe. Charles Pope)

Quinta-feira Santa

ultima-ceia

É o quinto dia da Semana Santa. Neste dia é relembrada especialmente a Última Ceia. É realizada nas catedrais diocesanas, a Missa de Crisma, onde o Bispo diocesano santifica o óleo dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagra o óleo de Crisma que será usado por todas as paróquias de sua diocese durante um ano até a próxima quinta-feira Santa, onde o óleo que restou do ano seguinte é queimado. Para a consagração de Crisma, o Bispo pede a Jesus que envie o Espírito Santo Paráclito, para que torne o óleo santo e que todas as pessoas ungidas com ele se tornem “soldados de Cristo”. A Tarde, após o pôr-do-sol, é celebrado a Missa de Lava pés, onde relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os pés dos seus doze discípulos e comendo com eles a ceia derradeira. É neste momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata. É nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e no amanhecer da sexta-feira açoitado e condenado. A igreja fica em vigília ao Santíssimo. relembrando as sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza desnudando os altares, quando é retirado todos os enfeites, toalhas, flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer

Quarta-feira Santa

traicao-de-judas-por-30-moedas

É o 4º dia da Semana Santa, e é o dia em que se encerra o período quaresmal. Em algumas igrejas romanas, celebra-se a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos, com Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o ofício das trevas, lembrando que o mundo já estava em trevas aquando da proximidade da morte de Jesus Cristo.

No evangelho deste dia, é-nos apresentada a traição de Judas, descrevendo-nos como este foi ter com os chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para trair o Jesus. Aceita assim, trinta moedas de prata como recompensa da sua traição (MT 26,14-25).

Terça-feira Santa

terça feira santa

TERÇA-FEIRA SANTA É o dia, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a sua morte, causando grande sofrimento aos seus discípulos. Anuncia também a traição, e indica o traidor. Judas sai possuído por Satanás, para trair o seu mestre. Com isto Jesus, manifesta em pleno o Seu amor por todos nós, e consciente aceita o destino que O aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus, e assim, para que a Sua salvação chegue até aos últimos confins da terra.

Segunda-feira Santa

segunda-feira-santa

O primeiro dia da Semana Santa é marcado pela preparação para a celebração da Páscoa. Na segunda-feira, diz as Escrituras, Jesus está descansando na casa de uma família amiga, a casa de Lázaro (a quem Ele havia ressuscitado), de Marta e Maria. (Jo 12: 1-11).

Faltam ainda seis dias para a Páscoa. E, enquanto jantavam, Maria tomou um vaso de nardo (um perfume autêntico e muito caro), e ungiu os pés de Jesus, enxugando-os depois com seus cabelos. A casa encheu-se da fragrância do perfume. Tal gesto foi imediatamente criticado por Judas Iscariotes, que hipocritamente alegou que o dinheiro que valia o perfume (valor calculado em trezentos denários, o equivalente a um ano de salário de um trabalhador), poderia ter sido dado aos pobres.

Jesus ignorou a crítica e, saindo em defesa de Maria, justificou o “esbanjamento da unção”, estas palavras: “Antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Asseguro-vos que em qualquer parte do mundo onde se proclame o evangelho, se recordará o que ela fez”. Jesus relacionou aquele gesto afetuoso, com o seu significado mais profundo: anúncio da Sua própria morte, sepultura e ressurreição. O aroma que encheu a casa previa, a fragrância do amanhecer da ressurreição no domingo da Páscoa.

(Autor desconhecido)

Domingo de Ramos

domingo-ramos

Neste Domingo de Ramos, primeiro dia da Semana Santa, nos lembramos da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado como o Messias que vem em nome do Senhor. Hoje é dia de recebê-lo e de acolhê-lo em nossos corações, como o verdadeiro e único Senhor da nossa vida.

Por que procurar um Padre Anglicano para celebrar seu Matrimônio?

Rev. Jorge Aquino15

Reverendo Padre Jorge Aquino.

Uma das escolhas mais importantes que os noivos devem fazer para a celebração de seu casamento tem a ver, justamente, com aquela pessoa que irá presidir a cerimônia. Geralmente os noivos utilizam dois tipos de critérios. O primeiro deles é o critério subjetivo. Ele é usado quando existe algum tipo de relação pessoal entre o padre e os noivos. É muito comum, ou bem que o padre seja parente de um dos noivos ou bem que ele seja o padre da família a muitos anos. Isso ocorre quando foi ele que fez o casamento da mãe ou que batizou o bebê que agora cresceu e deseja casar.

No entanto, às vezes existem alguns impedimentos que fazem com que esse padre não possa presidir sua cerimônia. Neste caso você recorrerá a um outro sacerdote para realizar o enlace matrimonial. Para tanto, sugiro que você use alguns critérios objetivos:

primeiro critério deve ser a formação do sacerdote. Ele fez teologia ou não? Há Ministros em algumas igrejas por aí que não são bacharéis em teologia, fizeram apenas um curso médio ou técnico, mas não são bacharéis. Ele fez teologia em Seminário interno ou fez apenas aulas à distância? Ele tem alguma pós-graduação? Algum mestrado? Por que isso é importante? Porque se você pode ter o melhor, porque teria apenas alguém “bonzinho” ou que “dê para o gasto”? Afinal, se você precisasse de um bom advogado você contrataria qual? Um com especialização e mestrado na área ou um neófito que acabou de passar no exame da Ordem? Particularmente, sou bacharel em teologia em um seminário feito em regime de internato, especialista em teologia, licenciado em Filosofia pela UFRN, especialista em Direito Civil e Mestre em Teologia e em Filosofia pela UFPB.

segundo critério que você precisa levar em conta é a experiência naquilo que se pretende que ele faça. Usando este critério eu pergunto: quem você chamaria para fazer uma cirurgia no coração de sua mãe? Um médico com mais de vinte anos de experiência no assunto ou um recém formado da faculdade? Da mesma forma, se você tem a sua disposição um sacerdote que celebra Matrimônios desde 1991, porque chamaria um que tem apenas 5 anos? Neste momento, falar com postura, conhecendo bem a língua, expressando-se bem e com segurança é fundamental. É triste ver um padre gaguejando ou que não pronuncie corretamente a língua portuguesa.

terceiro critério é a competência. Hoje em dia você consegue saber praticamente tudo sobre qualquer pessoa. Cheque a internet. Veja se ele tem Facebook, Blog ou Instagran. Leia o que ele escreve, com cuidado. Examine suas ideias e verifique se ele tem algum conteúdo. Veja bem. Há padres que não produzem nada na esfera intelectual, pastoral ou acadêmica. Eles apenas recortam e colam, e não passam de fazer citações banais e pueris afirmando a mesmice e o que todos já sabem. O famoso “óbvio ululante”. Sugiro que leia com cuidado meu Blog e veja as informações contidas nele. Além do mais sou autor de livros como:  Pequeno vocabulário AnglicanoAnglicanismo: uma introdução, Sociologia Jurídica, Hermenêutica Jurídica, co-autor em Novas tendências no direito constitucional (em homenagem ao Dr. Paulo Lopo Saraiva) e Ensaios pós-metafísicos, além de autor do verbete “Anglicanismo”, no Dicionário Brasileiro de Teologia, publicado pela ASTE; isso sem falar nas dezenas de artigos acadêmicos escritos em revistas jurídicas e teológicas, publicadas no Brasil e na Inglaterra.

quarto critério é a relação conjugal. O padre que vai fazer seu casamento é um padre casado e feliz? Ele tem o poio de sua esposa? O relacionamento dos dois é satisfatório? Entre os Anglicanos, não apenas aceitamos que os padres se casem como, eventualmente, que se divorciem. Nesse caso, o padre que vai fazer sua cerimônia está pessoalmente resolvido sobre seu divórcio? Ele reconstruiu sua vida? Está feliz?

quinto critério tem a ver com o pecado cometido por aqueles que são chamados por são Paulo de pessoas que vivem “andando em astúcia” e “mercadejando com a palavra de Deus” (II Coríntios 4: 2). Todos sabemos que alguns padres da cidade têm uma taxa fixa que pedem para celebrar casamentos. Mas quando um padre pergunta: “Quanto ele pediu? Eu faço pela metade”, então, meu amigo, está óbvio que você não está tratando com um padre, mas com um comerciante e um mercenário. Neste caso, o barato pode sair caro.

Eu apresentei apenas estes critérios, mas poderia apresentar outros mais. Creio, contudo que estes já são suficientes para fazer você pensar em que tipo de pessoa você quer para presidir a cerimônia que realizará os sonhos que o casal sonhou junto por tanto tempo. Que Deus lhe dê lucidez nessa escolha.

Saiba que muita gente me procura para celebrar matrimônios. Mas boa parte delas o fazem por indicação de amigos ou porque já assistiram uma de minhas celebrações e gostaram. No entanto, para encerrar, gostaria de dar mais algumas boas razões para que você me procure para celebrar seu casamento:

  1. Porque como anglicano posso fazer sua cerimônia fora da Igreja. Portanto, além de baratear os custos, você casará em um ambiente muito mais natural que tanto pode ser uma recepção, uma praia ou uma fazenda, sem precisar fazer duas decorações nem exigir o deslocamento dos convidados.
  2. Porque como anglicano posso celebrar o matrimônio de pessoas que são divorciadas. Em outras palavras, os anglicanos não têm dificuldades com o novo casamento.
  3. Porque mesmo sendo divorciado você terá acesso, caso deseje, à Comunhão Eucarística durante a cerimônia. Um juiz de paz não pode fazer isso porque não é ministro religioso, apenas um funcionário do cartório.
  4. Porque como anglicano posso fazer casamentos ecumênicos, ou seja, de pessoas de religiões diferentes, sem exigir que ninguém mude de religião.
  5. Porque como anglicano posso fazer casamentos Religiosos com Efeito Civil, ou seja, no momento do casamento assumo também o papel de Juiz de Paz. Desta forma você tem assegurado um casamento feito por um religioso com implicações na esfera jurídica.
  6. Porque se você casar apenas com um juiz de paz seu casamento só será reconhecido civilmente e não religiosamente. Da mesma forma, para um mero “Celebrante leigo” – sem reconhecimento de uma religião instituída e com CNPJ -, de nada adiantará “se fazer passar por um padre ou pastor” fazendo orações, trocando as alianças ou distribuindo bênçãos. Ele nunca poderá te dar uma certidão de casamento religioso, oficiar uma cerimônia válida e muito menos dar a Sagrada Eucaristia aos noivos.
  7. Porque no casamento anglicano você terá a liberdade de formatar toda a cerimônia pessoalmente comigo. Ou seja, você tanto poderá fazer uma cerimônia conservadora como poderá fazer uma cerimônia mais descontraída, inclusive retirando elementos que são desnecessários.
  8. Porque o casamento anglicano é reconhecido em todas as igrejas cristãs (inclusive a igreja Romana, Evangélica e Ortodoxa), quando feito sem impedimentos dirimentes.
  9. Porque para a realização do matrimônio, só exigimos que um dos cônjuges seja batizado.

Por tudo isso, se você deseja casar e quer que aquele momento seja único na sua vida, pode nos procurar, pois estaremos à sua inteira disposição. Nossos contatos são: email: pe.jorge.monicab@gmail.com; Instagram: @padrejorgeaquino_

Arcebispo Thomas Cranmer

Cranmer-Thomas

Neste dia 21 de março, os Anglicanos de todo o mundo se lembram da figura do Arcebispo Thomas Cranmer. A história nos diz que ele foi o Arcebispo de Cantuária, Sé Principal da Igreja da Inglaterra, durante os reinados de Henrique VIII e Eduardo VII. A ele creditamos duas grandes influências como Reformador da Igreja da Inglaterra. Em primeiro lugar, ele foi o autor dos dois primeiros volumes do Livro de Oração Comum (1549 e 1552), o qual estabeleceu a estrutura básica da liturgia Anglicana até hoje e influenciou fortemente a própria língua inglesa. Em segundo lugar, ele foi um dos responsáveis pela formação doutrinária Reformada da Igreja Anglicana ao ser um dos autores dos 42 Artigos da Igreja Anglicana (que durante o reinado de Elizabeth seriam transformados em 39). Por sua enorme influência moral e intelectual na Inglaterra ele foi alvo da perseguição perpetrada pela Rainha Maria I, que terminou por mandar queiná-lo na fogueira em 21 de março de 1556. Que seu compromisso em oferecer uma adoração bíblica, racional e espiritual, bom como em divulgar a verdade do Evangelho da Graça de Deus nos inspire a seguir seu exemplo.