À busca da felicidade

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Durante nossa existência muitos objetos, fins, instâncias ou estágios acabam assumindo para nós o estágio de elemento fundamental para nossa felicidade. Em geral, quando ainda somos jovens temos a tendência de apostar todas as nossas fichas em coisas, bens ou posições sociais. É comum ver jovens ou adultos jovens gastando todas as suas energias e empreendendo todos os seus esforços na busca de um emprego que lhes garanta aquilo que usualmente é reconhecido como sinal externo de riqueza ou de prazer. Neste momento a felicidade tem a ver com o prazer.

Quando ultrapassamos este estagio começamos a mudar a direção de nosso olhar e, consequentemente, os objetos que realizam nossa felicidade. Neste momento já começamos a por nossa atenção em objetos menos tangíveis. Não pensamos tanto no salário, mas na estabilidade e na qualidade de vida que podemos auferir. Não nos apercebemos necessariamente dos bens mas das demais benesses que se pode angariar com ele. Neste momento a felicidade tem a ver com certos interesses.

Com a idade, não que não se seja capaz de chegar a este estágio ainda jovem, compreendemos que há outros valores que precisam ser resgatados. Em geral estes valores começam a ser valorizados quando começamos a perceber que nosso rosto está mudando, que nossos cabelos estão ficando grisalhos e que nossos amigos estão morrendo. Neste estágio passamos a valorizar aquilo que sempre esteve ao nosso lado e sequer fomos sensíveis para perceber: nossa família. É neste momento que percebemos quão importante é ter pais, irmãos, primos e mesmo bons amigos. Neste momento percebemos, também, quão importante é valorizar aquela pessoa com quem pretendemos passar o resto de nossa vida. Nossa esposa (ou marido) passa a ser visto como aquela pessoa absolutamente fundamental em nossa existência e para nossa felicidade. Por isso alguém já disse: “Não é a riqueza ou o dinheiro que nos faz feliz e sim a interpretação da vida”.

Estes três estágios não precisam necessariamente ser vista como excludentes, como se para assumirmos a segunda, tivéssemos que abandonar a primeira. Entendo, até ser possível aglutinar cada um destes estágios de tal forma que o prazer, o interesse e a família possam ser visto como complementares.

Hoje estou absolutamente convencido de que, seguindo a ordem inversa, nossa felicidade está, primeiro vinculado à nossa família, em seguida com nossos interesse – como a saúde, por exemplo, e finalmente com os prazer que eventualmente venhamos a gozar. Mas devemos perceber que a felicidade é sempre um alvo a ser buscado, nunca um ‘X’ que já foi alcançado.