Reverendo Jorge Aquino no matrimônio de Lídia e Iuri

Esta tarde tive a alegria de celebrar o matrimônio de Iuri e Lídia. Este lido casal se conheceu em 2002 e se casou civilmente em 2007. Dez anos depois, eles resolveram marcar essa data com a celebração religiosa de seu matrimônio que ocorreu em um mini wedding “de pé na areia” no Ocean Palace Resort. Que Deus, que tem abençoado esse lindo casal, continue derramando suas copiosas bênçãos sobre os dois e sobre suas duas lindas filhas, frutos desse amor.

Rev. Cônego Jorge Aquino

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O Rev. Côn. Jorge Aquino é graduado, especialista e mestre em Teologia. Graduado e mestre em Filosofia e especialista em Direito Civil. Foi Sacerdote de Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) por 12 anos, assumindo os cargos de Pároco na Capela do Campus da UFRN e em João Pessoa, Reitor do Seminário Anglicano de Recife, Arcediago da sub-região norte da Diocese e representante da IEAB no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs-RN (CONIC-RN), Conselho Ecumênico Nacional de Combate ao Racismo (CENACORA), além de participar como membro da Junta de Educação Teológica (JUNET) e do Centro de Estudos Anglicanos (CEA). De lá saiu por discordar da falta de transparência na administração diocesana e pela ausência de atividade pastoral de seu Bispo. Em Natal atuou como Vice Presidente do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular por sete anos, chegando a ganhar o Prêmio Estadual de Direitos Humanos. Como professor, ensinou matérias relacionadas à Ética e deontologia Jurídica, História do Direito, Sociologia e Filosofia jurídica e Hermenêutica Jurídica em Instituições de Ensino Superior, na graduação e na pós-graduações dos cursos de Direito em Natal. Casado com Mônica, é autor de 6 livros e diversos artigos em livros e revistas jurídicas e religiosas, além de verbetes em dicionários. Foi também Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Direito e Coordenador Editorial da Revista Jurídica Ágora, da Faculdade de Natal. Seu ministério se volta hoje para a formação de novos clérigos e também para o aconselhamento de casais e a realização de Bodas, Bênçãos religiosas e casamentos religiosos com efeito civil em Português, Inglês, Espanhol e Italiano. Atualmente o Padre Jorge Aquino é responsável pela Missão da Natividade, ligada à Igreja Anglicana de São Jorge, uma paróquia associada à Iglesia Episcopal Anglicana de Chile. (TIM: 84-99904-8850; OI: 84-98871-4375).

Na saúde ou na doença…

Na saúde ou na doença

Rev. Cônego Jorge Aquino

Nossas cidades são frequentemente assoladas pelas chamadas “viroses” que acabam por se espalhar por todos os lados, acometendo pessoas das mais variadas faixas etárias e sem discriminação de cor, de condição social ou de sexo. Foi assim, mais uma vez esse ano. Minha cidade, no período das chuvas, acabou sendo alvo de uma dessas “viroses” que acabaram por atingir a mim e minha esposa.

Primeiro foi ela. Embora estivesse de férias do trabalho, acabou passando boa parte das férias em tratamento médico e precisando descansar o máximo possível. Durante todo esse tempo, quem estava ao seu lado era eu. Quando a febre apertava e era preciso trazer remédios, ajudar a se deslocar de um lugar para outro, preparar algum alimento, era sempre eu quem estava ao lado. O interessante é que, depois que ela melhorou, no dia seguinte foi minha vez de apresentar os primeiros sintomas da tal “virose”. A sintonia foi fantástica! E agora era a vez dela cuidar de seu esposo. A vantagem foi minha, vez que ela é enfermeira com duas especializações e um mestrado.

De todo esse mês nós aprendemos uma lição: por mais importante que sejam todas as demais pessoas que fazem parte de nossa família e do rol de conhecidos, é de nosso cônjuge que podemos esperar a ajuda mais pronta e desprendida em todos os momentos, inclusive na doença. Quando estava prostrado sobre a cama, febril e tossindo muito, foi ela quem esteve ali, para me ajudar com toda a sua experiência e sua doação de tempo e cuidado.

De fato, à medida em que o tempo passa e nossa condição física vai sendo minada, descobrimos bem no final da vida que a pessoa que sempre esteve ao nosso lado, durante todos os momentos difíceis, lancinantes, cruciais e tortuosos, foi exatamente aquela que nos disse “sim” no dia de nosso casamento. Por isso, caríssimo(a) noivo(a), valorize esta pessoa que sempre esteve a seu lado sendo carinhoso(a), gentil, atencioso(a) e fiel, até o fim de seus dias.

BREVE REFLEXÃO SOBRE O CATECISMO DA IGREJA ANGLICANA NA AMÉRICA DO NORTE – Para Ser um Cristão

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Rev. Cônego Jorge Aquino

11. Como você deve responder ao Evangelho de Jesus Cristo?

Eu devo me arrepender de meus pecados e colocar fé em Jesus Cristo como meu Salvador e meu Senhor. (Romanos 10: 9-10, Atos 16:31)

Comentário:

Antes de mais nada, precisamos nos acercar da palavra “Evangelho”. Este termo tem origem na palavra grega euangelion, que significa literalmente: “boa notícia” ou “boa nova”. A boa notícia que nos foi entregue é que o pecado não mais precisa ter a ultima palavra em nossas vidas, mas que a graça de Deus se manifestou salvadora para todas as pessoas (Tito 2: 11). Eis o Evangelho que temos que anunciar a todas as pessoas.

No entanto, se o Evangelho apresenta uma proposta para a humanidade, por outro lado, as pessoas devem reagir apresentando uma resposta. Que resposta deveríamos dar à proposta do Evangelho de Jesus Cristo?

Conforme assevera nosso Catecismo, esta resposta deve incluir dois elementos essenciais: o arrependimento e a fé. O primeiro elemento de nossa resposta ao Evangelho de Jesus Cristo se dá por meio de nosso arrependimento. Arrepender-se é lamentar ou sentir-se mal diante dos atos errados que foram praticados e sentir o desejo de não mais repeti-los. Originalmente, a palavra grega utilizada e traduzida por “arrependimento” é metanóia. Esta palavra de origem grega (metanoein) tem uma raiz (nous), que significa “mente”, e um prefixo (meta) que significa “além”. Dessa forma, a palavra significa, literalmente “além do pensamento”, mas o sentido que aplicamos aqui implica em “mudança de ideia ou de opinião”. Arrepende-se quem muda radicalmente de opinião e passa a pensar de forma diferente da que pensava anteriormente.

O segundo elemento que faz parte de nossa resposta ao Evangelho de Jesus Cristo é a fé. Fé é a confiança plena nas promessas que nos foram feitas e na palavra empenhada. O escritor aos Hebreus nos diz que fé é “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11: 1). Quando se tem fé, há um fundamento para se crer. A fé, em razão disso, vê o invisível, mas não o inexistente.

Quando confiamos nas promessas de Deus em Cristo, exercitamos nossa fé. Assim, afirma São Paulo: “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. (Rm 10: 9, 10). Nossa salvação, portanto, passa por acreditar de todo o coração, naquilo que Deus disse e fez por nós.

No texto seguinte ouvimos as palavras ditas por Paulo ao carcereiro de Filipos quando este o interpelou acerca da salvação: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16: 31). O que precisamos, portanto, fazer para sermos salvos? Simplesmente crer! Ter fé e entregar-se a Jesus Cristo. Tê-lo como único e suficiente Salvador e Senhor de nossa vida. Eis a resposta que Deus espera de todos nós à proposta que o Evangelho nos faz.

São Jorge, Mártir – 303 a.D.

São Jorge nasceu em 275, na região chamada Capadócia. Hoje, esta região é parte da Turquia. Seu pai era militar e faleceu numa batalha. Após sua morte, Jorge e sua mãe mudaram-se para a Terra Santa. Lida era originária da Palestina e uma mulher que possuía instrução e muitos bens. Ela conseguiu dar ao filho Jorge uma educação esmerada.

Ao atingir a adolescência, Jorge seguiu a carreira de muitos jovens da época e entrou para a carreira militar e logo ele se tornou capitão do exército romano. Ele tinha grandes habilidades com as armas e muita dedicação. Por causa dessas qualidades o imperador Diocleciano deu a ele o título nobre de conde da Capadócia. Assim, com apenas 23 anos, Jorge passou a morar na alta corte de Nicomédia. Nesse tempo, ele exerceu o cargo de Tribuno Militar.

Quando sua mãe faleceu, Jorge recebeu a herança que lhe cabia e foi enviado para um nível mais alto ainda: a corte do imperador. Lá, porém, quando começou a ver a crueldade com que os cristãos eram tratados pelo império romano que ele servia, mudou seu pensamento. Ele já conhecia o cristianismo por causa da influência de sua mãe e da Igreja de Israel. Então, ele deu um primeiro passo de fé: distribuiu todos os seus bens aos pobres.Mesmo sendo membro do alto escalão do exército, ele quis a verdadeira salvação prometida pelo Evangelho que ele já conhecia.

Porém, o imperador Diocleciano tinha outros planos. Sua intenção era eliminar os cristãos. Assim, no dia em que o senado confirmaria o decreto do imperador que autorizaria a eliminação dos cristãos, Jorge levantou-se na tribuna e se declarou espantado com esta decisão, que julgava absurda. Ele ainda disse diante de todos que os romanos é que deveriam assumir o cristianismo em suas vidas. Todos ficaram muito surpresos quando ouviram palavras como essas vindas da boca de um membro da suprema corte de Roma. Questionado por um cônsul sobre o porque dessas palavras, Jorge respondeu-lhe que estava dizendo aquilo porque acreditava na verdade e, por ser esta a verdade, a defenderia a todo custo. Mas, “o que é a verdade?”, perguntou o cônsul. Jorge respondeu: “A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade”.

O Imperador, furioso ao ver o cristianismo infiltrado no império, tentou obrigá-lo a desistir da fé cristã. Por isso, enviou-o a sessões de torturas violentas e terríveis. Assim, depois de cada tortura, Jorge era levado de volta ao imperador. Este lhe perguntava se, depois da tortura,abandonaria a fé cristã.Jorge, Porém, reafirmava sua fé, cada vez com mais coragem. Muitos romanos ao presenciarem estes fatos, tomaram as dores de Jorge, até mesmo a própria esposa do imperador. Aliás, mais tarde, ela se converteu à fé em Jesus Cristo.Por fim, Diocleciano, vendo que não conseguiria dissuadir Jorge de sua fé, mandou que ele fosse degolado. Ele morreu no dia 23 de abril do ano 303 na cidade de Nicomédia, na Ásia Menor.

São Jorge

Rev. Cônego Jorge Aquino no matrimônio de Carla e Bruno

Eis alguns registros da cerimônia matrimonial do casal Carla e Bruno. Este lindo casal veio de Brasília para receber a bênção de Deus em terras potiguares. Eis um casal marcado pela amizade, pela cumplicidade e que vivem um para o outro. Quando eles se encontraram pela primeira vez, em uma festa, cercados por mais de 2.000 pessoas, logo perceberam que o amor estava para nascer em suas vidas. Hoje, tanto tempo depois, eles, diante de Deus, de seus amigos e familiares, reafirmam seu desejo e fé de se consagrarem em matrimônio um ao outro. Que a graça de Deus esteja sempre presente nesta família maravilhosa! Meus agradecimentos à talentosa equipe de Casecombliss que me enviou alguns desses registros na pessoa de Wallace Araújo.

Padre Jorge Aquino no matrimônio de Teysa e Eduardo Motta

Eis o belo registro de alguns momentos da linda cerimônia do casamento de Teysa Freire e Eduardo Motta, revelando que não há como amar sem que nos expressemos motivados por este amor. Por isso ainda que falemos e procuremos expressar plena e totalmente o que sentimos em nossa alma, de repente, nos damos conta que as palavras dizem menos do que realmente sentimos. Por isso nutram sempre mais seus sentimentos e afetos, expressando- os em gestos concretos de carinho, amor e gentileza diários.

BREVE REFLEXÃO SOBRE O CATECISMO DA IGREJA ANGLICANA NA AMÉRICA DO NORTE – Para Ser um Cristão

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Rev. Cônego Jorge Aquino

10. Existe algum outro caminho de salvação?

Não. O Apóstolo Pedro disse sobre Jesus: “Não existe salvação em nenhum outro” (Atos 4: 12). Jesus é o único que pode me salvar e me reconciliar com Deus (I Timóteo 2: 5).

Comentário:

A resposta a esta importante questão é colocada de forma extremamente clara pelo Catecismo da ACNA: “Não”, não existe salvação em nenhum outro. Este singelo e monossilábico “Não” é o resultado consequente e lógico das próprias palavras de Jesus que afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; e ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14: 6). Ao fazer essa afirmação, Jesus se coloca como a única forma de acesso ao Pai. Essa era uma convicção pessoal que Ele tinha e que não pode ser relativizada sem que surjam sérias consequências para nossa teologia.

Depois dele, o pensamento da igreja primitiva pode ser visto na declaração feita pelo Apóstolo Pedro, segundo quem, “Não existe salvação em nenhum outro” (Atos 4: 12), pois, abaixo dos céus nenhum outro nome nos foi dado por meio do qual possamos ser salvos. Assim como Jesus postula ser o “único caminho” que leva ao Pai, Pedro vai adiante e torna essa verdade muito mais clara ao afirmar que “não existe salvação em ninguém mais” senão em Jesus. Nenhum outro nome, seja ele o de um profeta, apóstolo, mestre, iluminado, etc., pode ser apresentado aos homens como instrumento de salvação. Somente Jesus tem essa prerrogativa.

Da mesma forma o Apóstolo Paulo afirma que só existe um Deus e, da mesma forma, só existe um mediador entre Deus e os homens, e essa pessoa é Jesus Cristo. É Ele quem nos salva e nos reconcilia com Deus (I Timóteo 2: 5). A única forma de que único Deus possa se reconciliar com a humanidade, passa pela pessoa do único mediador que é Jesus Cristo homem. Ao assumir nossa humanidade, ele se tornou o melhor mediador entre a humanidade e a divindade. E por assumir essa mediação, exerce melhor seu ministério salvífico.

Como consequência prática dessas informações bíblicas, entendemos que frases como aquelas que apareceram no início da Idade Média e que diziam que “fora da Igreja não há salvação” são exageros absurdos. O correto seria afirmar: “fora de Jesus não há salvação”. A ênfase deve ser retirada de sobre a instituição religiosa e voltada para a pessoa de Jesus Cristo. A Igreja é apenas um dos arautos do Reino de Deus, mas o centro da salvação é Jesus.

Nosso entendimento é que a salvação nem é exclusivista, ou seja, centrada somente na Igreja, nem é pluralista, afirmando que é possível ser salvo mesmo sem que a pessoa não conheça a Jesus; mas sim, cristocêntrica, ou seja, centralizada na pessoa de Cristo. Em outras palavras, o caminho da salvação passa apenas por Jesus Cristo e sua graça. Mas se alguém, fora do cristianismo, de alguma forma vier a ser salvo, somente o será por meio da graça de Jesus atuando pela ação soberana de Deus. Mas sempre por Cristo, com Cristo e em Cristo.

ENAMORADOS…

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Padre Jorge Aquino

Namorado é uma palavra que, como é comum em nossa língua, acabou sendo a descrição de quem está enamorado. Esta palavra, no entanto, jê é bastante interessante. Em-amor-ado tem uma raiz que é a palavra “amor”, tem como prefixo “em”, que aponta para “dentro” de si, e tem o sufixo “ado”, vindo da forma popular do sufixo latino “ätus”, apontando para um valor de estatuto ou condição.  Em resumo, o namorado é aquele que está na condição de quem tem dentro de si o mais sublime dos sentimentos: o amor.

Sobre o amor, não se deve esquecer que ele, nas palavras de Bertrand Russell, “é uma experiência pela qual todo o nosso ser é renovado e refrescado como o são as plantas pela chuva após a seca”. Por isso, é sempre importante regar este sentimento tanto com o suor do trabalho e do esforço, quanto com as lágrimas da saudade. Um amor bem regado cresce e floresce produzindo uma arvore frutífera e bela. Quem ama, portanto, assim como uma grande árvore, é capaz de alimentar seu amor e oferecer o descanso necessário sob sua proteção.

Um antigo cancioneiro dizia: “o amor é tudo, feliz é quem ama”. Não sei definir o amor, mas sei que amo e sou feliz. Isto me basta.